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TRANSTORNOS MENTAIS

Transtornos Mentais

Transtornos mentais (ou doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou psíquicos, entre outras nomenclaturas) são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Em geral, um transtorno representa um significativo impacto na vida do paciente, provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória.

Dentre os fatores causadores, a genética, a química cerebral (problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro) e o estilo de vida são tidos como os principais desencadeadores dos diversos transtornos existentes. Doenças em outras partes do corpo podem afetar a mente, e inversamente, transtornos ou doenças mentais podem também desencadear outras doenças pelo corpo, produzindo sintomas somáticos.

Uma doença ou transtorno mental pode ser tratado através de medicamentos, ou várias formas de psicoterapia. O diagnóstico envolve o exame do estado mental confrontando seu histórico clínico, utilizando-se também de testes psicológicos, exames neurológicos, de imagem e exames físicos.

Abuso de Drogas (Dependência Química e Psicológica)

ALCOOLISMOS

O alcoolismo é uma doença crônica caracterizada pela tendência de beber mais do que o pretendido, tentativas fracassadas de interromper o consumo de bebidas alcoólicas e o consumo contínuo apesar das más consequências sociais e laborativas. O alcoolismo é comum. Aproximadamente 8% dos adultos americanos apresentam algum problema com o uso de bebidas alcoólicas. Os homens apresentam uma probabilidade quatro vezes maior que as mulheres de tornarem-se alcoolistas, Indivíduos de todas as faixas etárias são suscetíveis.

Cada vez mais, crianças e adolescentes vêm apresentando problemas com o álcool, com consequências particularmente desastrosas. O álcool causa tanto a dependência psicológica quanto a física. Normalmente, o alcoolismo interfere na capacidade de socialização e laborativa, acarretando muitos outros comportamentos destrutivos. Os alcoolistas podem estar intoxicados diariamente. A embriaguez tende a desagregar a família e as relações sociais e, geralmente, leva ao divórcio. O grande número de dias de ausência no trabalho acaba levando ao desemprego. Os alcoolistas nem sempre conseguem controlar o seu comportamento; tendem a dirigir quando bêbados e sofrem lesões físicas em decorrência de quedas, brigas ou acidentes automobilísticos. Alguns podem tornar-se violentos.

Causas

A causa do alcoolismo é desconhecida, mas o consumo do álcool não é o único fator. Dentre os indivíduos que consomem bebidas alcoólicas, aproximadamente 10% tornam-se alcoolistas. Os parentes próximos de alcoolistas apresentam uma maior incidência de alcoolismo que outras pessoas. Do mesmo modo, é mais provável que ocorra alcoolismo nos filhos biológicos de alcoolistas que nos filhos adotados, o que sugere o envolvimento de um defeito genético ou bioquímico no alcoolismo. Algumas pesquisas mostram que os indivíduos com risco de alcoolismo embriagam-se menos facilmente que os não alcoolistas, isto é, o cérebro deles é menos sensível aos efeitos do álcool.

Além de um possível defeito genético, determinados traços estruturais e da personalidade podem predispor determinados indivíduos ao alcoolismo. Os alcoolistas frequentemente são oriundos de lares desfeitos e, frequentemente, a sua relação com os pais é conturbada. Os alcoolistas tendem a sentir-se isolados, solitários, tímidos, deprimidos ou hostis. Alguns apresentam comportamentos autodestrutivos e outros são sexualmente imaturos. Apesar disso, o abuso e a dependência do álcool são tão comuns que os alcoolistas podem ser identificados entre pessoas com qualquer tipo de personalidade.

Efeitos Biológicos

O álcool é rapidamente absorvido do intestino delgado para o interior da corrente sanguínea. Como a sua absorção é mais rápida do que a sua metabolização e eliminação do organismo, os níveis de álcool no sangue aumentam rapidamente. Uma pequena quantidade de álcool presente no sangue é excretada inalterada na urina, no suor e no ar expirado. O restante, que representa a maioria da quantidade ingerida, é metabolizado pelo fígado, produzindo cerca de 210 calorias para cada 30 ml (7 cal/ml) de álcool puro consumido. O álcool deprime imediatamente as funções cerebrais e o grau de depressão depende de seu nível no sangue (quanto mais elevado o nível, maior o comprometimento). O nível de álcool no sangue pode ser mensurado ou estimado por meio da quantidade presente em uma amostra de ar expirado na respiração. Nos EUA, leis estaduais limitam o nível de álcool no sangue permitido ao motorista que está dirigindo um automóvel. A maioria dos estados americanos estabeleceu o limite de 0,1 (100 miligramas de álcool por decilitro de sangue), mas outros estados (p.ex., Califórnia) estabeleceram o limite em 0,08. Mesmo um nível de álcool no sangue igual a 0,08 pode reduzir a capacidade de uma pessoa de dirigir um automóvel com segurança.

O consumo prolongado de quantidades excessivas de álcool lesa muitos órgãos do corpo, particularmente o fígado, o cérebro e o coração. Como muitas outras drogas, o álcool tende a induzir à tolerância, de modo que os indivíduos que tomam regularmente mais de duas doses por dia podem beber mais álcool que os outros, sem ficar embriagados. Os alcoolistas também podem tornar-se tolerantes a outros depressivos. Por exemplo, aqueles que fazem uso de barbitúricos ou benzodiazepínicos muitas vezes necessitam de doses mais elevadas para obter um efeito terapêutico. Aparentemente, a tolerância não altera o metabolismo ou a excreção do álcool. Em vez disso, o álcool induz o cérebro e outros tecidos a adaptarem-se à sua presença. Se um alcoolista para de beber abruptamente, ele pode apresentar sintomas da abstinência. A síndrome da abstinência alcoólica geralmente começa 12 a 48 horas após a última ingestão de bebidas alcoólicas. Os sintomas discretos incluem o tremor, a fraqueza, a sudorese e a náusea. Alguns indivíduos apresentam convulsões (denominadas epilepsia alcoólica ou convulsões alcoólicas).

Os alcoolistas inveterados que param de beber podem apresentar a alucinose alcoólica. Eles podem ter alucinações e ouvir vozes que parecem acusadoras e ameaçadoras, causando apreensão e terror. A alucinose alcoólica pode durar dias e pode ser controlada com medicamentos antipsicóticos (p.ex., clorpromazina ou tioridazina). Se não for tratada, a síndrome da abstinência alcoólica pode acarretar um conjunto de sintomas mais graves denominado delirium tremens (DT). Normalmente, o delirium tremens não começa imediatamente. Ao contrário, ele ocorre aproximadamente 2 a 10 dias após a interrupção do consumo de álcool. No delirium tremens, o indivíduo inicialmente demonstra ansiedade e, posteriormente, apresenta confusão mental progressiva, sonolência, pesadelos, sudorese excessiva e depressão profunda. A frequência do pulso tende a aumentar. O indivíduo pode apresentar febre. O episódio pode se agravar com alucinações fugazes, delírios que produzem medo, inquietação e desorientação, com alucinações visuais que podem causar terror. Os objetos vistos com pouca luz podem ser particularmente apavorantes. Finalmente, o indivíduo apresenta confusão mental e desorientação extrema.

Algumas vezes, um indivíduo com delirium tremens sente que o chão está se movendo, que as paredes estão caindo ou que o quarto está rodando. Com a evolução do delirium tremens, o indivíduo passa a apresentar tremor de mãos persistente, que, algumas vezes, estende-se à cabeça e ao resto do corpo, e a maioria dos indivíduos apresenta uma incoordenação grave. O delirium tremens pode ser fatal, sobretudo quando ele não é tratado. Outros problemas estão diretamente relacionados aos efeitos tóxicos do álcool sobre o cérebro e o fígado. Um fígado lesado pelo álcool é menos capaz de livrar o corpo das substâncias tóxicas que podem causar o coma hepático. Um indivíduo que desenvolve um coma hepático torna-se embotado, sonolento, estuporoso e confuso e, muitas vezes, apresenta um tremor estranho das mãos. O coma hepático é potencialmente letal e deve ser tratado imediatamente. A síndrome de Korsakoff (psicose amnésica de Korsakoff) é comum em indivíduos que ingerem regularmente grandes volumes de álcool, sobretudo quando são desnutridos ou apresentam deficiência de vitaminas do complexo B (particularmente de tiamina). O indivíduo com síndrome de Korsakoff perde a memória recente.

A sua memória é tão ruim que frequentemente inventa histórias para tentar cobrir a sua incapacidade de recordação. Algumas vezes, após um episódio de delirium tremens, o indivíduo apresenta a síndrome de Korsakoff. Alguns indivíduos com síndrome de Korsakoff também apresentam a encefalopatia de Wernicke, cujos sintomas incluem movimentos anormais dos olhos, confusão mental, movimentos descoordenados e disfunção nervosa. A síndrome de Korsakoff pode ser fatal, exceto se a deficiência de tiamina for imediatamente tratada. Em uma gestante, a história de consumo crônico e intenso de bebidas alcoólicas pode estar associada a defeitos congênitos graves do feto em desenvolvimento como, por exemplo, o baixo peso ao nascimento, a baixa estatura, a cabeça pequena, lesões cardíacas, lesões musculares e nível de inteligência baixo ou retardo mental. O uso social e moderado de bebidas alcoólicas (p.ex., duas taças de vinho de aproximadamente 120 ml) não está associado a esses problemas.

Alcoólicos Anônimos

Não existe algo que beneficie tanto os alcoólatras e de modo tão eficaz quanto a ajuda que eles próprios podem se dar participando dos Alcoólicos Anônimos (AA). Os Alcoólicos Anônimos atuam dentro de um contexto religioso. Existem instituições alternativas para aqueles que preferem uma abordagem mais secular. O alcoolista deve sentir-se à vontade em um grupo específico (de preferência, participando de um grupo cujos membros compartilham interesses outros que não o alcoolismo). Por exemplo, algumas áreas metropolitanas têm grupos de Alcoólicos Anônimos para médicos, dentistas ou outros profissionais e para aqueles que se dedicam a certos hobbies, assim como para indivíduos solteiros ou homossexuais de ambos os sexos. Os Alcoólicos Anônimos proveem um local onde o alcoolista em recuperação pode socializar-se longe de um bar com amigos não alcoolistas que sempre estão à disposição para apoiá-lo quando a vontade de beber torna-se novamente imperiosa. O alcoolista ouve as confissões de todos os membros do grupo a respeito de como estão lutando diariamente para evitar a ingestão de uma dose de bebida. Finalmente, propondo meios para que o alcoolista ajude os demais, o Alcoólicos Anônimos permite que o indivíduo recupere a confiança e a autoestima que, anteriormente, somente eram encontradas após a ingestão de álcool.

Fonte: http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec7_92.html

ALUCINÓGENO

Os alucinógenos incluem o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), a psilocibina (cogumelo mágico), a mescalina (peiote) e o 2,5-dimetoxi-4-metilanfetamina (DOM, STP), um derivado da anfetamina. Geralmente, essas drogas não causam alucinações verdadeiras. As alucinações verdadeiras ocorrem quando um indivíduo crê que as coisas anormais que vê ou ouve estão realmente acontecendo. Em contraste, a maioria dos indivíduos com adição a alucinógenos compreende que as sensações anormais não são reais e são causadas pela droga. Por essa razão, essas drogas são na realidade pseudo-alucinógenos ou falsos alucinógenos.

Sintomas

Os alucinógenos distorcem as sensações auditivas e visuais. Além disso, as sensações podem mesclar-se. Por exemplo, a audição de música pode provocar o surgimento de cores e essas se movimentam ao ritmo da música. Os principais perigos da utilização dessas drogas são os efeitos psicológicos e o comprometimento do julgamento que elas produzem, os quais podem levar a tomadas de decisões perigosas ou a acidentes. Por exemplo, um usuário pode pensar que é capaz de voar e pode inclusive pular de uma janela para provar isto, com consequentes lesões graves ou a morte. Os alucinógenos estimulam o cérebro. O efeito em si pode depender do estado de humor do usuário no momento do consumo da droga e do ambiente onde ela é consumida. Por exemplo, os indivíduos que estavam deprimidos antes de tomar a droga podem sentir-se mais tristes quando ela produzir os seus efeitos.

A capacidade do usuário em lidar com as distorções visuais e auditivas também afeta a experiência. Um indivíduo inexperiente e assustado é menos capaz de lidar com a experiência que alguém que já conhece os efeitos da droga e não teme a “viagem” (trip). Um usuário sob a influência de um alucinógeno, normalmente o LSD, pode apresentar uma extrema ansiedade e entrar em pânico, o que resultará em uma “viagem ruim” (bad trip). Ele poderá querer interromper a “viagem”, mas isto é impossível. A “viagem” é pior que um pesadelo, pois quem está sonhando pode despertar, terminando o sonho ruim. Uma “viagem” ruim não termina rapidamente. À medida que a “viagem” continua, o usuário começa a perder o controle e pode, temporariamente, tornar-se psicótico. Algumas vezes, uma “viagem ruim” pode ser tão grave ou pode desencadear uma vulnerabilidade tão intrínseca que o usuário pode permanecer psicótico durante muitos dias (ou por mais tempo) depois dos efeitos da droga terem desaparecido.

Uma psicose prolongada é mais provável em um usuário com um distúrbio psicológico preexistente, o qual se tornou mais evidente ou piorou pelos efeitos da droga. A tolerância ao LSD pode ocorrer após 72 horas de uso contínuo. Os usuários de LSD também podem tornar-se tolerantes a outros alucinógenos. Em geral, os indivíduos que se tornaram tolerantes a alucinógenos e que interrompem o seu uso de modo abrupto não parecem sofrer de síndrome de abstinência. Alguns indivíduos (especialmente os usuários crônicos ou aqueles que repetem o consumo de alucinógenos, particularmente o LSD) podem apresentar o reaparecimento de sintomas (flashbacks) após interromperem o seu consumo. Os flashbacks são semelhantes à experiência original, mas, geralmente, eles são menos intensos. Eles podem ser desencadeados pela maconha ou por outras drogas, incluindo o álcool, ou pelo estresse ou pela fadiga. Eles também podem ocorrer sem razão aparente. Geralmente os flashbacks desaparecem em um período de seis a doze meses, mas podem retornar até cinco anos após o último consumo de LSD, especialmente quando o usuário ainda apresenta um distúrbio da ansiedade ou outro distúrbio psiquiátrico.

Diagnóstico e Tratamento

O consumo agudo de alucinógenos é caracterizado por episódios de pânico e de distorções visuais, acompanhados por vários tipos de delírios. As pupilas dilatam-se, mas a frequência cardíaca não aumenta tanto quanto no uso de estimulantes. As informações fornecidas por amigos do usuário são importantes para o diagnóstico. A maioria dos usuários de alucinógenos nunca procura tratamento. Um ambiente tranquilo e escuro e uma conversa serena e não ameaçadora podem ajudar um usuário que está tendo uma “viagem ruim”. O usuário necessita sentir se assegurado de que os efeitos são causados pela droga e terão um fim. Um indivíduo que apresenta uma psicose prolongada pode necessitar de um tratamento psiquiátrico.

COCAÍNA (DEPEDENCIA)

A cocaína produz efeitos similares aos das anfetaminas, mas é um estimulante muito mais poderoso. Pode ser tomada pela via oral, inalada sob a forma de pó (cheirada) ou pode ser injetada, em geral diretamente em uma veia. Quando fervida com bicarbonato de sódio, a cocaína é convertida em uma base denominada crack, podendo então ser fumada. O crack atua quase tão rapidamente quanto à cocaína injetada pela via intravenosa. A cocaína intravenosa ou inalada produz uma sensação de alerta extrema, de euforia e de grande poder.
Sintomas

A cocaína aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca e pode causar um infarto do miocárdio letal, mesmo em atletas jovens e saudáveis. Outros efeitos incluem a constipação; a lesão intestinal; o nervosismo extremo; a sensação de que algo está se movendo sob a pele (bichos da cocaína), o que é um sinal de uma possível lesão nervosa; crises convulsivas; alucinações; insônia; delírios paranóides e comportamento violento. O droga-adido pode representar um perigo para si próprio e para terceiros. Como os efeitos da cocaína duram apenas cerca de 30 minutos, o droga-adido toma doses repetidas. Para reduzir parte do extremo nervosismo causado pela cocaína, muitos droga-adidos também usam heroína ou outra substância depressora do sistema nervoso, como o álcool.

As mulheres com adição à cocaína que engravidam apresentam uma maior probabilidade de abortar, em comparação a grávidas não usuárias de drogas. Se ela não abortar, o feto poderá apresentar danos causados pela cocaína, que passa facilmente do sangue materno para o fetal. As crianças geradas por mulheres droga-adidas podem apresentar padrões de sono anormais e má coordenação. Elas podem apresentar retardo no desenvolvimento (engatinhar, andar e falar), mas isto pode ser decorrente de deficiências nutricionais, cuidados pré-natais deficientes e abuso de outras drogas por parte da mãe. Com o uso diário, a tolerância à cocaína ocorre rapidamente. As reações de abstinência incluem a fadiga extrema e a depressão – o oposto dos efeitos da droga. Quando o indivíduo interrompe o uso da droga, ele pode apresentar ânsias de suicídio. Após alguns dias, quando as forças físicas e mentais são recuperadas, o droga-adido pode tentar o suicídio. Como ocorre com o uso intravenoso de heroína, muitas doenças infecciosas, inclusive a hepatite e a AIDS, são transmitidas quando os adidos à cocaína compartilham agulhas não esterilizadas.
Diagnóstico

O uso de cocaína é evidenciado pela hiperatividade, dilatação pupilar e aumento da frequência cardíaca. A ansiedade e o comportamento errático, grandioso e hipersexual são evidentes no consumo em maior quantidade. Frequentemente, observa-se a paranóia naqueles que são encaminhados aos serviços de emergência. O consumo de cocaína pode ser confirmado por meio de exames de urina e de sangue.

MACONHA (DEPEDENCIA)

O consumo de maconha (cannabis) está amplamente disseminado. Pesquisas entre estudantes universitários revelaram que periodicamente ocorrem aumentos, reduções e novos aumentos do seu consumo. Nos Estados Unidos, a maconha é geralmente consumida sob a forma de cigarro (baseado) feitos com raízes, folhas e as flores distais da planta seca, sendo quase sempre a Cannabis sativa. A maconha também é consumida sob a forma de haxixe, a resina (substância do alcatrão) da planta prensada. O ingrediente ativo da maconha é o tetrahidrocanabinol (THC), que se apresenta sob muitas variedades, sendo a mais ativa a delta-9-THC. A delta-9-THC é produzida sinteticamente como uma droga denominada dronabinol, que é utilizada em pesquisas e, algumas vezes, no tratamento da náusea e do vômito associados à quimioterapia do câncer. Alguns indivíduos tornam-se dependentes da maconha por razões psicológicas e essa dependência pode ter todas as características da adição grave.

A dependência física da maconha não foi demonstrada de modo conclusivo. Como no uso do álcool, a maconha pode ser usada de modo intermitente por muitas pessoas sem lhes causar uma disfunção social ou psicológica aparente ou adição. Sintomas A maconha deprime a atividade cerebral, produzindo um estado onírico no qual as ideias parecem desconectadas e incontroláveis. Podem ocorrer distorções e acentuações do tempo, das cores e do espaço. As cores podem parecer mais brilhantes, os sons mais altos e o apetite pode aumentar. Geralmente, a maconha reduz a tensão e produz uma sensação de bem-estar. A sensação de exaltação, de excitação e de alegria interna (“estar alto”, “ficar ligado”) parece estar relacionada às condições nas quais a droga foi consumida. Por exemplo, se o indivíduo fumar sozinho ou em grupo e de acordo com o humor predominante. As capacidades comunicativas e motoras diminuem durante o uso da maconha e, por essa razão, é perigoso dirigir um automóvel ou operar maquinaria pesada.

Os indivíduos que consomem grandes quantidades de maconha tornam-se confusos e desorientados, podem apresentar psicose tóxica e perder a noção de quem são, onde estão ou do tempo. Os indivíduos com esquizofrenia são particularmente suscetíveis a esses efeitos e existe evidência comprovada de que a esquizofrenia pode piorar com o uso da maconha. Ocasionalmente, podem ocorrer reações de pânico, particularmente em consumidores novos. Outros efeitos incluem o aumento da frequência cardíaca, os olhos avermelhados e a boca seca. A tolerância a longo prazo pode ocorrer em indivíduos que consomem a maconha. As reações de abstinência podem incluir o aumento da atividade muscular (p.ex., espasmos e contrações) e insônia. No entanto, como a maconha é eliminada lentamente do organismo, ao longo de várias semanas, a reação de abstinência tende a ser leve e, geralmente, não é perceptível para o consumidor moderado.

Alguns estudos sugeriram que o uso intenso e prolongado da maconha por homens pode reduzir os níveis de testosterona, o tamanho dos testículos e a contagem de espermatozoides. O uso crônico por mulheres pode acarretar ciclos menstruais irregulares. Contudo, nem sempre esses efeitos ocorrem e os efeitos sobre a fertilidade são incertos. As gestantes que usam maconha podem ter filhos menores que as não consumidoras. Além disso, a delta-9-THC passa para o leite materno e pode afetar um lactente que é amamentado com leite materno da mesma maneira que a mãe é afetada. O consumo intenso e prolongado da maconha pode produzir efeitos similares aos do tabagismo sobre os pulmões. A bronquite é comum e o risco de câncer de pulmão provavelmente é maior. Os resultados da detecção da maconha na urina permanecem positivos durante vários dias após o consumo, inclusive nos consumidores ocasionais. Nos consumidores habituais, os resultados do exame podem permanecer positivos por mais tempo à medida que a droga é eliminada lentamente da gordura corpórea. O tempo varia, dependendo da porcentagem de THC e da frequência do consumo. O exame de urina é uma maneira eficaz de se identificar o consumo da maconha, mas um resultado positivo desse exame significa apenas que o indivíduo a consumiu, e não prova que o usuário está com suas faculdades alteradas no momento (intoxicado). Exames sofisticados podem determinar até um ano depois se a maconha foi consumida.

TRANQUILIZANTES

Diga adeus à ansiedade. Os grandes laboratórios farmacêuticos interessados no faturamento construíram a crença de que podemos e devemos viver sem ansiedade. Esta falsa idéia foi assimilada por alguns médicos e pelo público em geral, promovendo a ida dos ansiosos aos consultórios em busca do remédio milagroso. Entretanto a ansiedade pode ser uma emoção saudável e necessária a uma boa adaptação do indivíduo ao meio, sendo, muitas vezes, um aviso do organismo indicando que algo precisa ser feito para modificar a vida.

Os tranquilizantes têm sido usados há milênios. O primeiro deles, e que continua a ser consumido, é o álcool. Atualmente, a cada dia mais, diversos outros calmantes são lançados no mercado para alegria dos consumidores aflitos. Uma estatística da Organização Mundial de Saúde, publicada há alguns anos, mostrou um consumo anual de 500 milhões de psicotrópicos no Brasil. Desses, 70% eram ansiolíticos, ou seja, medicamentos para diminuir a ansiedade, apreensão, tensão ou medo. Muitas pessoas só dormem após tomarem seu sedativo preferido e, para suportar o dia desagradável que virá, ingerem mais outro calmante diurno . Alguns usam os tranquilizantes para viajar de avião, dançar, namorar, transar, dar aulas, casar, isto é, as atividades que podem acarretar um certo grau de intranquilidade.

Os ansiolíticos são ingeridos puros ou misturados com bebidas, usados junto a moderadores de apetite, as drogas anti-colinérgicas (os chamados anti-distônicos); alguns estão embutidos nos medicamentos antidepressivos, fortificantes, vitaminas, diuréticos etc. As bulas acerca dos calmantes , geralmente, são mentirosas; descrevem muito mais os “bons” resultados do que os “maus”: muitas não relatam a dependência após um curto período de uso, a diminuição da capacidade psicomotora, o aumento do cansaço, a diminuição da memória, a piora dos sintomas após a sua interrupção (ansiedade rebote) e o risco de seu uso nos idosos e crianças. Uma curiosidade: os que têm menos conhecimentos acerca de seus “excelentes efeitos terapêuticos”, como os pacientes mais humildes dos ambulatórios, beneficiam-se pouco com seu uso.

Como a população brasileira tem estado intranquila com respeito ao futuro do país, conclamo o governo a distribuir essas drogas milagrosas para todos nós, em lugar de gastar dinheiro com alimentos, moradias, empregos e assistência médica. Com o povo calmo, os governantes poderiam usufruir o encantamento do poder. Cada cidadão teria direito de uma a três doses diárias, conforme sua ansiedade, este, uma vez embriagado com o efeito do calmante, não mais faria greve, não mais amolaria o pobre governo com reclamações tolas e injustas. Ingerindo sua dose diária de ansiolíticos as pessoas viveriam e morreriam calmas, talvez, quem sabe, até felizes.

TRANSTORNOS ALIMENTARES

ANOREXIA NERVOSA

Anorexia Nervosa é um transtorno de grande incidência nas mulheres (cerca de 90% dos casos), sendo caracterizado pela imposição do indivíduo em se manter com um limite de peso muito baixo (geralmente abaixo de 85% do seu índice corporal).

A prática anoréxica inclui métodos pouco usuais para emagrecer. Além da dieta, submetem-se a exercícios físicos intensos, induzem o vômito, jejuam, tomam diuréticos e usam laxantes.

A perda de peso é vista como uma conquista notável, um sinal de extraordinária autodisciplina; ao passo que o ganho, é tido como um inaceitável fracasso. Esses indivíduos apresentam um medo constante de perder o controle sobre o seu peso (tornar-se "gorda"), sendo comum apresentarem também uma distorção sobre sua avaliação corporal, em que mesmo estando magra ela se vê com excesso de peso.

Outras características ocasionalmente associadas com a Anorexia Nervosa incluem preocupação acerca de comer em público, sentimento de inutilidade, forte necessidade de controlar o próprio ambiente, pensamento inflexível, espontaneidade social limitada, iniciativa e expressão emocional demasiadamente refreada. Nas mulheres, a anorexia pode causar ainda disfunções hormonais graves, causando até a ausência de períodos menstruais.

Sua causa é desconhecida, mas os fatores sociais parecem ser importantes. O desejo de ser magro é algo muito frequente na sociedade ocidental, e a obesidade, é considerada pouco atrativa, não saudável e indesejável.

Seu início se dá geralmente na adolescência, sendo menos frequentemente na idade adulta (mesmo antes da adolescência, algumas crianças já têm conhecimentos sobre essas atitudes). Cerca de dois terços das adolescentes fazem dieta ou já adotam outras medidas para controlar o peso. No entanto, somente uma pequena porcentagem delas desenvolve Anorexia Nervosa.

É um transtorno que afeta principalmente indivíduos das classes socioeconômicas média e alta.

Cerca de 10% dos casos que requerem internação para tratamento (em hospital geral) morre por inanição, suicídio ou desequilíbrio dos componentes sanguíneos.

BULIMIA NERVOSA

As características principais deste transtorno incluem bingeing (ingestão de grandes quantidades de alimentos) e purificação (eliminação dos alimentos por meios artificiais, como vômitos forçados, uso excessivo de laxantes, períodos de jejum, ou exercícios excessivos).

Os indivíduos com Bulimia Nervosa tipicamente estão dentro da faixa de peso normal, embora alguns possam estar com um peso levemente acima ou abaixo do normal. Cerca de um terço desses indivíduos abusam de drogas, principalmente de álcool e estimulantes. O uso de estimulantes frequentemente começa na tentativa de controlar o apetite e o peso.

Pacientes bulímicos apresentam com maior frequência sintomas depressivos (baixa autoestima) ou transtornos do Humor como Distimia e Transtorno Depressivo Agudo.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE

AGORAFOBIA

Agorafobia é o transtorno de ansiedade em que um indivíduo, quando exposto a lugares ou situações em que ele julgue como embaraçosas, acaba sentindo uma ansiedade desproporcional ao fator que está sendo presenciado, podendo apresentar até sintomas do Transtorno do Pânico.

A Agorafobia pode tanto se manifestar de forma específica como generalizada (como sair de casa, ir ao trabalho ou ao médico). Os lugares específicos mais evitados são os túneis, passarelas, pontes, avenidas largas ou rodovias. Pode ocorrer o medo de multidões como nos shopping centers, restaurantes, filas, cinemas, teatros, elevadores. Nesses casos, a limitação eventual já o incomoda significamente, mas quando atingem locais essenciais como ônibus, carros, metrô ou trens, a vida social do paciente fica bem mais comprometida.

Geralmente alguns sintomas do transtorno são superados quando há companhia de alguém, bastando a companhia até de uma criança para o agorafóbico sentir-se tranquilo.

Quando o tratamento não é feito ou o transtorno não é corretamente diagnosticado, o paciente se torna ainda mais depende da presença de outras pessoas. Surge com isso, um sentimento de culpa - do paciente - por estar interferindo na vida dos outros, e ao mesmo tempo, uma inconformidade, por essa situação aparentar ser incontrolável e incompreensível. Toda essa frustração leva o paciente a desenvolver um quadro depressivo, podendo evoluir a ponto de ele cometer suicídio.

O transtorno pode se desenvolver de uma Fobia Específica ou ser resultado de um trauma extremo, como resultado de inúmeros ataques de pânico.

http://www.psicosite.com.br/tra/ans/agorafobia.htm

FOBIA ESPECÍFICA

Conhecida também como fobia simples, a Fobia Específica é o medo a determinado objeto, animal ou circunstâncias, desencadeando no indivíduo uma intensa crise de ansiedade com sintomas semelhantes aos relatados no Transtorno do Pânico.

Atinge duas vezes mais mulheres do que homens, sendo que o medo de altura é a única fobia - dentre as mais comuns - a atingir mais homens que mulheres. A fobia de sangue atinge de forma igual homens e mulheres, e tem caráter altamente familiar (fatores genéticos envolvidos).

As fobias estão entre os transtornos mentais mais comuns, atingindo de 5 a 10% da população. Porém, por estarem limitadas a situações que geralmente podem ser evitadas, não chegam a causar sofrimento significativo a ponto dos acometidos procurarem auxílio médico.

A maior parte dos casos surge na infância ou adolescência, e sem tratamento, tendem a persistir durante a vida adulta.

Fobias mais estranhas

  1. Botanofobia :medo de plantas
  2. Clinofobia: medo de camas ou de deitar-se
  3. Sofofobia: medo de aprender
  4. Vestifobia: medo de roupas ou de se vestir
  5. Araquibutirofobia: medo de que se incrustem na gengiva ou no palato a pele que envolve o amendoim, pipoca ou outro componente que adere ao palato como doces compactos
  6. Bibliofobia: medo de livros
  7. Eufobia: medo de ouvir boas notícias
  8. Melofobia: medo de música
  9. Aurofobia: medo de ouro
  10. Coulrofobia: medo de palhaços

Fobias mais comuns

  1. Aracnofobia: aranha
  2. Sociofobia ou antropofobia: pessoas, situações sociais
  3. Aerofobia ou aviatofobia: avião
  4. Agorafobia: medo de sair de casa
  5. Claustrofobia: lugares fechados
  6. Acrofobia: altura
  7. Carcinomafobia: câncer
  8. Brontofobia: tempestade/trovões
  9. Necrofobia: morte
  10. Cardiofobia: doenças do coração

Um comentário para “Fobia Específica”

olá! Eu tenho um problema que é ter medo de plantas.
Penso que isto não acontece com todas as plantas, so com as que tem raiz, porque nao tenho problema em tocar em flores soltas mas recuso.me a tocar nas que tem raiz.
Isto sera mesmo botanofobia ou è so um medo ridiculo?
Quase nao posso regar as plantas ca de casa e sinto.me intimidada com as couves do quintal da minha avò.
Isto nao me acontece com arvores, so com plantas mais rasteiras…
Ha alguma coisa que me possa ajudar?

FOBIA SOCIAL

Fobia Social implica ao indivíduo uma intensa sensação de medo, ansiedade ou desconforto quando ele é exposto a determinadas circunstâncias como: frequentar locais escuros, encontrar com pessoas do sexo oposto, falar em público, etc. Podem ocorrer sintomas físicos como rubor, tremores, náuseas, desejo intenso de urinar. Em geral, a crise de ansiedade é de tal forma intensa que se assemelha a uma crise de pânico.

A Fobia Social pode ser resultado de um evento traumático, que pode estar ou não presente no nível consciente do indivíduo.

A maior parte dos casos se inicia na adolescência, e acomete a ambos os sexos. Atinge de 2 a 3% da população, embora alguns estudos estimarem que possa chegar a 10%.

SÍNDROME DO PÂNICO

O transtorno - ou síndrome - do Pânico é caracterizado por crises intensas, repentinas e graves de ansiedade e medo. Geralmente são acompanhadas de vários sintomas físicos como palpitações, respiração rápida ou sensação de asfixia, visão turva, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização). Existe além desses, um constante sentimento de medo de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.

O ataque de pânico deve ocorrer de forma inesperada (espontâneo, não evocado, "vindo do nada"), sem associação a um ativador situacional (um objeto ou uma situação qualquer do dia a dia). Pelo menos dois ataques de pânico são necessários para o diagnóstico, mas a maioria dos indivíduos tem um número consideravelmente maior de ataques.

Ataques ligados a determinadas situações ou objetos podem ocorrer, mas são menos comuns.

Há uma preocupação intensa acerca do próximo ataque de pânico, podendo levar ao desenvolvimento de um comportamento de esquiva que pode satisfazer os critérios sintomáticos para Agorafobia. O diagnostico neste caso passa a ser Transtorno de Pânico com Agorafobia. Embora a Agorafobia possa desenvolver-se a qualquer momento, seu início se dá geralmente durante o primeiro ano da ocorrência dos ataques de pânico. O curso da Agorafobia e seu relacionamento com o curso dos Ataques de Pânico são variáveis. Em alguns casos, uma diminuição ou remissão dos Ataques de Pânico pode ser seguida por uma diminuição correspondente na esquiva e ansiedade agorafóbicas.

Síndrome do Pânico

O transtorno - ou síndrome - do Pânico é caracterizado por crises intensas, repentinas e graves de ansiedade e medo. Geralmente são acompanhadas de vários sintomas físicos como palpitações, respiração rápida ou sensação de asfixia, visão turva, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização). Existe além desses, um constante sentimento de medo de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco.

O ataque de pânico deve ocorrer de forma inesperada (espontâneo, não evocado, "vindo do nada"), sem associação a um ativador situacional (um objeto ou uma situação qualquer do dia a dia). Pelo menos dois ataques de pânico são necessários para o diagnóstico, mas a maioria dos indivíduos tem um número consideravelmente maior de ataques.

Ataques ligados a determinadas situações ou objetos podem ocorrer, mas são menos comuns.

Há uma preocupação intensa acerca do próximo ataque de pânico, podendo levar ao desenvolvimento de um comportamento de esquiva que pode satisfazer os critérios sintomáticos para Agorafobia. O diagnostico neste caso passa a ser Transtorno de Pânico com Agorafobia. Embora a Agorafobia possa desenvolver-se a qualquer momento, seu início se dá geralmente durante o primeiro ano da ocorrência dos ataques de pânico. O curso da Agorafobia e seu relacionamento com o curso dos Ataques de Pânico são variáveis. Em alguns casos, uma diminuição ou remissão dos Ataques de Pânico pode ser seguida por uma diminuição correspondente na esquiva e ansiedade agorafóbicas.

O Transtorno Depressivo Agudo é outro transtorno que ocorre com frequência (50-65%) em indivíduos com Transtorno de Pânico. Em aproximadamente um terço das pessoas com ambos os transtornos, a depressão precede o início do Transtorno de Pânico. Nos dois terços restantes, a depressão ocorre ao mesmo tempo ou após o início do Transtorno de Pânico.

A idade de início para o Transtorno de Pânico varia muito, sendo mais típica em indivíduos que estão na fase final da adolescência e adultos na faixa dos 30 anos. Apenas um pequeno número de casos começa na infância, e o início após os 45 anos é bastante incomum, mas pode ocorrer.

O curso habitual é crônico, porém flutuante. Alguns indivíduos podem ter surtos episódicos com anos de remissão neste intervalo, e outros, podem ter uma sintomatologia severa contínua.

Critérios Diagnósticos para Síndrome do Pânico

  • Ataques de Pânico recorrentes e inesperados.
  • Pelo menos um dos ataques foi seguido por um mês (ou mais) de uma (ou mais) das seguintes características:
    - preocupação persistente acerca de ter ataques adicionais.
    - preocupação acerca das implicações do ataque ou suas consequências (por ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, "ficar louco").
    - uma alteração comportamental significativa relacionada aos ataques.
  • Ausência ou presença de Agorafobia.
  • Os Ataques de Pânico não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
  • Os Ataques de Pânico não são melhor explicados por outro transtorno mental, como
    - Fobia Social (por ex., ocorrendo quando da exposição a situações sociais temidas),
    - Fobia Específica (por ex., ocorrendo quando da exposição a uma situação fóbica específica),
    - Transtorno Obsessivo-Compulsivo (por ex., quando da exposição à sujeira, em alguém com uma obsessão de contaminação),
    - Transtorno de Estresse Pós-Traumático (por ex., em resposta a estímulos associados a um estressor severo) ou
    - Transtorno de Ansiedade de Separação (por ex., em resposta a estar afastado do lar ou de parentes queridos).

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

É caracterizado por um sentimento de ansiedade muito forte, que pode ser desencadeado por qualquer situação do dia a dia, tornando esse transtorno muito frequente no dia a dia do indivíduo.

Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreende nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas, desconforto epigástrico, aflição por doenças graves ocorrendo com eles ou amigos e familiares.

É desencadeado por vários fatores presentes no dia a dia do indivíduo, sendo dificilmente notado - e diagnosticado - enquanto os sintomas básicos não causarem transtornos significativos para a pessoa.

TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO

O Transtorno de Estresse Agudo é causado pela exposição a uma situação traumática avassaladora, similar ao Estresse Pós-traumático, exceto por ocorrer durante o primeiro mês após o evento traumático.

O indivíduo com um estresse agudo foi exposto a um acontecimento terrível. Ele revive mentalmente o evento traumático, evita coisas que possam lembrá-lo e apresenta um nível alto de ansiedade. O indivíduo também apresenta três ou mais dos sintomas a seguir:

  • Sensação de embotamento, distanciamento ou ausência de resposta emocional.
  • Percepção reduzida do meio ambiente (p.ex., atordoamento).
  • Sensação de que as coisas não são reais.
  • Sensação de que ele mesmo não é real.
  • Incapacidade de lembrar-se de uma parte importante do evento traumático.

http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec7_83.html#section_8

TRANSTORNO PÓS-TRAUMÁTICO

O Transtorno de Estresse Pós-traumático é um distúrbio da ansiedade causado pela exposição a uma situação traumática avassaladora.

As situações que ameaçam a vida ou que lesam gravemente um indivíduo podem afetá-lo durante muito tempo após a sua ocorrência. O medo intenso, o desamparo e o terror são frequentes. A situação traumática é repetidamente revivida em pesadelos ou em imagens que lhe vêm à memória (flashbacks). O indivíduo evita constantemente objetos e pessoas que tenham ligação com o evento traumático ou que possam de forma inconsciente - e indireta - despertar tais lembranças.

O transtorno afeta a capacidade de reação a estímulos, podendo ocorrer também sintomas de hiper-reatividade e depressão. Às vezes, esses sintomas se manifestam passados meses ou até anos da data do evento traumático.

Estima-se que 25% das pessoas que passam por eventos traumáticos (acidentes automobilísticos, catástrofes naturais, estupro, tortura, testemunhar mortes violentas) desenvolvam esse transtorno, que tem maior incidência em mulheres (o dobro).

Em crianças, os eventos traumáticos podem incluir experiências sexuais inadequadas, mesmo sem violência ou danos físicos reais ou ameaçadores.

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)

É caracterizado essencialmente por ideias obsessivas e comportamentos compulsivos recorrentes.

As ideias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos que se intrometem na consciência do sujeito de modo repetitivo e estereotipado. Ele tem consciência desses pensamentos, e tenta de todas as maneiras evitá-los, mas sem qualquer sucesso.

Os comportamentos e os rituais compulsivos são atividades estereotipadas e repetitivas. O sujeito não tira qualquer proveito real realizando essas atividades. Elas não representam qualquer tarefa útil de seu dia a dia, servindo apenas para aliviar suas obsessões. Entretanto, até a mínima impossibilidade de realizá-las ou a tentativa de alterá-las agrava ainda mais o quadro do paciente, que pode experimentar crises mais graves de ansiedade, outro sintoma muito comum nesse transtorno.

Sintomas obsessivos mais comuns

  • Medo de contaminação por germes, sujeiras etc.
  • Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas.
  • Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até assassinatos.
  • Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos.
  • Dúvidas morais e religiosas.
  • Pensamentos proibidos.

Sintomas compulsivos mais comuns

  • Lavar as mãos para eliminar germes, bactérias, etc.
  • Repetir determinados gestos
  • Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás desligado, etc.
  • Tocar objetos
  • Contar objetos
  • Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira
  • Rezar

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTE-SOCIAL

Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais e a falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento desses indivíduos e as normas sociais estabelecidas.

O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga de sua agressividade, inclusive da violência.

Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que o leva a entrar em conflito com a sociedade.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

Transtorno de personalidade caracterizado pela tendência nítida em agir de modo imprevisível, sem consideração pelas consequências, com humor imprevisível e caprichoso, tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos, tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os outros principalmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados.

O indivíduo apresenta também perturbações da autoimagem, uma sensação crônica de vacuidade, relações interpessoais intensas e instáveis e uma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio ou gestos suicidas.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOÍDE

Transtorno da personalidade caracterizado por um retraimento dos contatos sociais, afetivos ou outros, preferindo a fantasia, atividades solitárias e a reserva introspectiva; apresentando uma incapacidade de expressar seus sentimentos e a experimentar prazer.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA

A característica essencial do Transtorno da Personalidade Narcisista é um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia.

Os indivíduos com este transtorno têm um sentimento grandioso de sua própria importância. Eles rotineiramente superestimam suas capacidades e exageram suas realizações, frequentemente parecendo presunçosos ou arrogantes. Eles podem presumir que os outros atribuem o mesmo valor a seus esforços e surpreender-se quando não recebem o louvor que esperam e julgam merecer. Um menosprezo (desvalorização) da contribuição dos outros está frequentemente implícito na apreciação exagerada de suas próprias realizações.

A vulnerabilidade da autoestima tornam os indivíduos com Transtorno da Personalidade Narcisista muito sensível a "mágoas", por críticas ou derrotas. Embora possa não demonstrar abertamente, as críticas podem assolar esses indivíduos e levá-los a se sentirem humilhados, degradados e vazios.

Sua reação pode ser de desdém, raiva ou contra-ataque afrontoso. Essas experiências frequentemente o levam a um retraimento social ou a uma aparência de humildade que pode mascarar e proteger sua grandiosidade. As relações interpessoais tipicamente estão comprometidas pelos problemas resultantes do sentimento de intitulação, da necessidade de admiração e do relativo desrespeito à sensibilidade alheia.

Embora a ambição e a confiança ufanista possam levar-lhes a grandes realizações, o desempenho pode ser perturbado em virtude da intolerância a críticas ou derrotas. Às vezes o desempenho profissional pode ser muito baixo, refletindo uma relutância para assumir riscos em situações competitivas ou de outra espécie, nas quais a derrota é bastante provável. Sentimentos persistentes de vergonha ou humilhação e a autocrítica pertinente podem estar associados com retraimento social, humor deprimido e Transtorno Depressivo Maior ou Distímico.

Por outro lado, períodos persistentes de grandiosidade podem estar associados com um humor hipomaníaco. O Transtorno da Personalidade Narcisista também está associado com Anorexia Nervosa e Transtornos Relacionados a Substâncias (especialmente relacionados à cocaína).

Os Transtornos da Personalidade Histriônica, Borderline, Anti-Social e Paranóide podem estar associados com o Transtorno da Personalidade Narcisista.

Prevalência

As estimativas da prevalência do Transtorno da Personalidade Narcisista variam de 2 a 16% na população clínica e são de menos de 1% na população geral.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE

Transtorno da personalidade caracterizado por uma sensibilidade excessiva face às contrariedades, como a recusa de perdoar os insultos, o caráter desconfiado, tendência a distorcer os fatos interpretando as ações imparciais ou amigáveis dos outros como hostis ou de desprezo, suspeitas injustificadas a respeito da fidelidade do parceiro sexual e um sentimento combativo e obstinado a favor de seus próprios direitos.

Pode existir uma superavaliação de sua auto-importância, havendo frequentemente auto-referência excessiva.

Transtornos Delirantes

Esquizofrenia

A esquizofrenia é um distúrbio mental grave, caracterizado pela perda do contato com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamentos anormais e alteração do funcionamento laborativo e social.

A esquizofrenia é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A sua prevalência mundial parece ser discretamente inferior a 1%, embora tenham sido identificados bolsões de maior ou menor incidência. Nos Estados Unidos, os indivíduos com esquizofrenia ocupam cerca de um quarto (1/4) dos leitos hospitalares e correspondem aproximadamente a 20% de todos os dias de afastamento da Previdência Social. A esquizofrenia é mais prevalente que a doença de Alzheimer, o diabetes ou a esclerose múltipla. No Brasil, são registrados 56.000 casos por ano.

Diversos distúrbios compartilham as características da esquizofrenia. Os distúrbios que se assemelham à esquizofrenia, mas cujos sintomas estão presentes a no mínimo 6 meses são denominados distúrbios esquizofreniformes. Quando os sintomas persistem por pelo menos um dia, mas se repetem pelo menos por um mês são denominados distúrbios psicóticos breves.

Um distúrbio caracterizado pela presença de sintomas do humor (p.ex., depressão ou mania) juntamente com sintomas mais típicos de esquizofrenia é denominado distúrbio esquizoafetivo.

Um distúrbio da personalidade que pode compartilhar sintomas de esquizofrenia e no qual os sintomas em geral não são tão graves a ponto de satisfazer aos critérios da psicose é denominado distúrbio da personalidade esquizotípica.

Causas

Embora a causa específica da esquizofrenia seja desconhecida, o distúrbio possui claramente uma base biológica. Muitos especialistas aceitam um modelo de “vulnerabilidade-estresse”, no qual a esquizofrenia só ocorre em indivíduos biologicamente vulneráveis. Até o momento, a causa da vulnerabilidade do indivíduo à doença é desconhecida, podendo ser uma predisposição genética, problemas que ocorreram antes, durante ou depois do nascimento, ou uma infecção viral do cérebro. A dificuldade de processamento das informações, a incapacidade de concentração, a dificuldade de comportar-se de forma socialmente aceitável e a incapacidade de lidar com os problemas em geral podem indicar vulnerabilidade. Nesse modelo, o estresse ambiental como eventos estressantes da vida ou problemas de dependência de drogas desencadeiam o início e a recorrência da esquizofrenia em indivíduos vulneráveis.

A esquizofrenia começa mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos nos homens e entre os 26 e 45 nas mulheres. Contudo, não é incomum o seu início na infância ou começo da adolescência ou em uma idade mais avançada. O surgimento da esquizofrenia pode ser súbito, desenvolvendo-se ao longo de dias ou semanas, ou lento e insidioso, desenvolvendo-se ao longo de anos.

Sintomas

A gravidade e os tipos de sintomas podem variar significativamente de paciente para paciente. De modo geral, os sintomas podem ser classificados em três grupos: delírios e alucinações; distúrbios do pensamento e comportamentos estranhos; e sintomas negativos ou de déficit. Um indivíduo pode apresentar sintomas de um ou até três dos grupos. Os sintomas são suficientemente graves para interferir na capacidade laborativa, de se relacionar com as pessoas e de cuidar de si mesmo. Os delírios são falsas crenças, que muitas vezes envolvem uma interpretação errônea de percepções ou experiências. Por exemplo, os indivíduos com esquizofrenia podem apresentar delírios persecutórios, acreditando que estão sendo atormentados, seguidos, enganados ou espionados. Podem também apresentar delírios de referência, acreditando que trechos de livros, jornais ou letras de músicas são direcionados especificamente a eles. Eles podem apresentar delírios de roubo ou de imposição do pensamento, acreditando que outras pessoas podem ler sua mente, que seus pensamentos estão sendo transmitidos para outras pessoas ou que pensamentos e impulsos estão lhes sendo impostos por forças externas. Existem ainda as alucinações auditivas, visuais, olfativas, gustativas ou táteis; apesar das alucinações auditivas serem de longe as mais frequentes. O indivíduo pode “ouvir” vozes comentando seu comportamento, conversando umas com outras ou fazendo comentários críticos ou ofensivos. O distúrbio do pensamento refere-se a um pensamento desorganizado, que se torna evidente quando a fala é desconexa, muda de um tema a outro e não tem qualquer finalidade.

A fala pode ser discretamente desorganizada ou completamente incoerente e incompreensível. O comportamento estranho pode tomar a forma de atos infantis, de agitação de apresentação, higiene ou conduta inadequada. O comportamento motor catatônico é uma forma extrema de comportamento estranho no qual o indivíduo pode manter-se em uma postura rígida e resistir aos esforços para ser mobilizado ou, ao contrário, ele apresenta uma atividade motora sem estímulo e sem objetivo. Os sintomas negativos ou de déficit da esquizofrenia incluem o embotamento da afetividade, a pobreza da fala, a anedonia e a misantropia. O embotamento da afetividade refere-se a uma diminuição das emoções. A face do indivíduo pode parecer imóvel. Ele mantém um contato visual mínimo e não apresenta expressividade emocional. Os eventos que normalmente fariam um indivíduo rir ou chorar não produzem respostas. A pobreza da fala refere-se a uma diminuição dos pensamentos que é refletida na diminuição da fala. As respostas a questões podem ser concisas, uma ou duas palavras, dando a impressão de um vazio interior. A anedonia refere-se à diminuição da capacidade de sentir prazer. O indivíduo pode demonstrar pouco interesse por atividades anteriores e despende mais tempo em atividades inúteis. A misantropia refere-se à falta de interesse em relacionar-se com outras pessoas. Esses sintomas negativos frequentemente estão associados a uma perda geral na motivação, no sentido de finalidade e objetivos.

Tipos de Esquizofrenia

Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia seja um distúrbio isolado, enquanto outros acham que se trata de uma síndrome (conjunto de sintomas) baseando-se nas numerosas doenças subjacentes. Em um esforço para classificar os pacientes em grupos mais uniformes, foram propostos subtipos de esquizofrenia. No entanto, em um mesmo paciente, o subtipo pode mudar no decorrer do tempo.

A esquizofrenia paranóide é caracterizada por uma preocupação com os delírios ou alucinações auditivas. A fala desorganizada e as emoções inadequadas são menos proeminentes.

A esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada é caracterizada pela fala desorganizada, pelo comportamento desorganizado e pelo embotamento afetivo ou pelas emoções inadequadas.

A esquizofrenia catatônica é dominada pelos sintomas físicos como a imobilidade, a atividade motora excessiva ou a adoção de posturas esquisitas.

A esquizofrenia indiferenciada é frequentemente caracterizada por sintomas de todos os grupos: delírios e alucinações, distúrbio do pensamento e comportamento estranho e sintomas de déficit ou negativos.

Mais recentemente, a esquizofrenia foi classificada de acordo com a presença e gravidade dos sintomas negativos ou de déficit. Nos indivíduos com o subtipo negativo ou de déficit da esquizofrenia os sintomas negativos são predominantes como, por exemplo, embotamento afetivo, falta de motivação e diminuição do sentido de finalidade. Nos indivíduos com esquizofrenia sem déficit ou paranóide, os delírios e as alucinações são evidentes, mas são observados relativamente poucos sintomas negativos. Em geral, os indivíduos com esquizofrenia sem déficit tendem a apresentar uma incapacitação menos grave e são mais responsivos ao tratamento.

 

 

Transtorno Esquizotípico

Transtorno caracterizado por um comportamento excêntrico e por anomalias do pensamento e do afeto que se assemelham àquelas da esquizofrenia, mas não há em nenhum momento da evolução qualquer anomalia esquizofrênica manifesta ou característica.

A sintomatologia pode comportar um afeto frio ou inapropriado (anedonia); um comportamento estranho ou excêntrico; uma tendência ao retraimento social; ideias paranóides ou bizarras sem que se apresentem ideias delirantes autênticas; ruminações obsessivas; transtornos do curso do pensamento e perturbações das percepções; períodos transitórios ocasionais quase psicóticos com ilusões intensas, alucinações auditivas ou outras e ideias pseudodelirantes, ocorrendo em geral sem fator desencadeante exterior.

Transtornos Dissociativos

Os transtornos dissociativos (ou de conversão) se caracterizam por uma perda parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, da identidade, das sensações imediatas e do controle dos movimentos corporais.

Os diferentes tipos de transtornos dissociativos tendem a desaparecer após algumas semanas ou meses, quando sua ocorrência está associada a um acontecimento traumático.

Podem evoluir para transtornos mais crônicos (como paralisias e anestesias) quando a ocorrência do transtorno está ligada a problemas ou dificuldades interpessoais insolúveis.

Amnésia Dissociativa

A característica essencial é a perda da memória que diz respeito a acontecimentos importantes e recentes, causada por eventos traumáticos como acidentes ou perdas de parentes ou amigos próximos.

A amnésia é bastante frequente na vida desses indivíduos quando parcial e seletiva. Uma amnésia completa e generalizada é rara, e diz respeito habitualmente a uma fuga. Neste caso, deve-se fazer um diagnóstico para Transtorno da Fuga.

Síndrome de Despersonalização-Desrealização

Transtorno de Despersonalização consistem de episódios persistentes ou recorrentes em que o indivíduo sente uma sensação de irrealidade e distanciamento de si mesmo, como se estivesse em um sonho ou filme.

O indivíduo tem uma sensação de ser um observador externo dos próprios processos mentais e do próprio corpo. Há também o sentimento de anestesia sensorial, falta de resposta afetiva, sensação de não ter o controle das próprias ações -  incluindo a fala - e uma alteração na percepção de  tamanhos ou formas de objetos (macropsia ou micropsia) e pessoas, observadas como "estranhas" ou "mecânicas".

Outras características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos, ruminação obsessiva, preocupações somáticas e uma perturbação do sentido de tempo. Em alguns casos, a perda de sentimentos (característica da despersonalização) pode imitar um Transtorno Depressivo Agudo; em outros, pode coexistir com ele. Hipocondria e Transtornos Relacionados a Substâncias podem também coexistir com o Transtorno de Despersonalização.

É o terceiro transtorno psiquiátrico mais comum (depois da ansiedade e da depressão), tendo como causa principal o fato do indivíduo ter passado por um perigo potencialmente letal (acidente, assalto ou doença ou lesão grave).

Transtorno da Fuga

Transtorno da Fuga é caracterizado pela incapacidade do indivíduo em recordar aspectos importantes de sua vida - como seu passado e sua identidade (Amnésia Dissociativa) -, seguida de um deslocamento geográfico intencional, que excede os trajetos cotidianos.

O indivíduo muda de cidade ou estado, e, em muitos dos casos, adota uma nova identidade e personalidade, que tende a ser mais descontraída e desinibida. Apesar de sofrerem de um transtorno mental, o traço dessa doença dificilmente é percebido por pessoas que não sejam profissionais da área de saúde mental.

Esses transtornos frequentemente são desencadeados por um estresse avassalador, que pode ser causado pela experiência ou observação de um evento traumático (como um acidente ou um desastre) ou por ter vivenciado um conflito interno tão intolerável que a sua mente foi forçada a separar as informações e os sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis.

O transtorno geralmente tem durações curtas (horas ou dias), mas pode permanecer por períodos mais longos (semanas e meses).

Transtorno de Personalidade Múltipla

É caracterizado por duas ou mais personalidades distintas num mesmo indivíduo, se alternando uma de cada vez.

Cada personalidade é completa, com suas próprias memórias, comportamento e gostos, de forma bastante elaborada e complexa. Podem ter sexos, idades, raças ou comportamentos diferentes (uma sendo sexualmente promíscua e outra recatada).

Seu início geralmente se dá por um estresse psicológico grave vivenciado durante a infância; como abuso sexual ou físico. É uma condição grave, crônica e potencialmente incapacitante ou fatal. Os indivíduos com esse distúrbio frequentemente tentam o suicídio, sendo esse talvez, o transtorno com maior incidência dessa prática.

Transtornos do Sono

Hipersonia

A Hipersonia é definida como uma afecção com estado de sonolência diurna excessiva e ataques de sono (não explicados por uma quantidade inadequada de sono); e, por outro lado, por períodos de transição prolongados, até o estado de vigília completo após o despertar.

Na ausência de um fator orgânico que explica a ocorrência de uma hipersonia, este estado habitualmente se associa a um transtorno mental.

Insônia

Na insônia, o sono é de quantidade e qualidade não satisfatórias.

O transtorno de sono persiste durante um período prolongado, podendo se tratar de uma dificuldade de adormecer, de uma dificuldade de permanecer adormecido ou de um despertar matinal precoce.

Pesadelos

O pesadelo é uma experiência de sonho carregada de ansiedade ou de medo, que se acompanha de uma lembrança muito detalhada do conteúdo do sonho.

Esta experiência de sonho é muito intensa e comportam em geral temas como ameaças à existência, segurança ou à autoestima. É frequente que os pesadelos tenham tendência a se repetir com temas idênticos ou similares.

Os episódios típicos comportam certo grau de hiperatividade neurovegetativa, mas sem atividade verbal ou motora notável.

Ao despertar, o sujeito se torna rapidamente alerta e bem orientado

Sonambulismo

O sonambulismo é uma alteração do estado de consciência associando fenômenos de sono e de vigília.

Durante um episódio de sonambulismo o indivíduo se levanta do leito, em geral no primeiro terço do sono noturno, e deambula. Estas manifestações correspondem a um nível reduzido de percepção do ambiente, reatividade e habilidade motora.

Quando desperta, o sujeito geralmente não se recorda do que aconteceu.

Terror noturno

Episódios noturnos de terror e pânico extremos, associados a uma vocalização intensa, agitação motora e hiperfuncionamento neurovegetativo.

O indivíduo se senta ou se levanta geralmente no primeiro terço do sono noturno com um grito de pânico. Frequentemente corre até à porta como se quisesse fugir, mas raramente deixa seu quarto. A lembrança do evento - se existe - é muito limitada (reduzindo-se em geral a uma ou duas imagens mentais fragmentárias)

 

 

 


 

 

 

 

 

 

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