Digestão é o conjunto de reações químicas por meio das quais substâncias complexas sãotransformadas em outras mais simples.
Boca- é a primeira seção do tubo digestivo. Suas funções principais são: mastigação e o umedecimento do alimento.
Dentes- divide o alimento em pedaços bem pequenos.
Faringe- participa na deglutição.
Esôfago- é um corredor formado por músculos lisos que empurram delicadamente o bolo alimentar para o estômago.
Estômago- produz suco gástrico que modifica a estrutura dos alimentos e impede o desenvolvimento de bactéria e fermentação.
Intestino Delgado- produz o suco entérico e absorve os nutrientes.
Intestino Grosso- o material que chega ao intestino grosso contém muita água. Uma função importante do intestino grosso é a reabsorção dessa água, que passa para o sangue, o que não foi digerido transforma-se em fezes.
Fígado- produz a bile, armazena nutrientes, atua sobre grandes gorduras, produz fator VIII.
Vesícula Biliar- armazena bilirrubina.
Pâncreas- produz hormônios, insulina, glucagon, suco pancreático.
Sistema Respiratório
Equação da respiração: glicose+oxigenio-gás carbônico.
Cavidade Nasal filtra, aquece, umedece o ar.
Faringe conduz o ar para a laringe.
Laringe produz o muco que umedece e retém substâncias, impede a penetração de corpo estranho e também é o órgão da fonação.
Traquéia- sua função resulta no transporte de muco e material inspirado para a laringe.
Pulmões- regulam o nível de dióxido de carbono.
Brônquios e Bronquíolos- levam o ar até os alvéolos pulmonares.
Alvéolos pulmonares- neles ocorre a troca de gases.
Diafragma- quando o diafragma se expande (inspiração), o ar é sugado através das narinas e da boca. Quando ele se contrai, o ar é expulso (expiração), eliminando o gás carbônico no ar inspirado.
Sistema Urinário
A excreção consiste na eliminação das substâncias inúteis ou nocivas ao organismo, resultantes da atividade celular.
Rim- é formado por uma cápsula que envolve externamente por um córtex e pela medula. Na região do córtex estão situados os néfrons. O rim filtra o sangue e seleciona o que deve ser eliminado, também regula quantidade de água no organismo.
Néfrons- nos néfrons o sangue é filtrado, dessa filtração resulta a urina.
Ureter- é um duto, que também é um canal que comunica o rim com a bexiga.
Bexiga- é uma bolsa de parede elástica que pode aumentar em volume. Sua função é acumular a urina produzida pelo rim.
Uretra- é um duto que se comunica com o meio externo.
Glândula supra-renal- produz hormônios que ajudam no funcionamento do rim.
Sistema Nervoso
Conjunto dos elementos que, nos organismos animais, estão envolvidos com a recepção dos estímulos, a transmissão dos impulsos nervosos ou a ativação dos mecanismos dos músculos.
Anatomia e função
Os animais vertebrados têm uma coluna vertebral e um crânio, que abrigam o sistema nervoso central, enquanto que o sistema nervoso periférico se estende pelo resto do corpo. A parte do sistema nervoso situada no crânio é o cérebro e a que se encontra na coluna vertebral é a medula espinhal.
No sistema nervoso, a recepção dos estímulos é a função de células sensitivas especiais, os receptores. Os elementos condutores são células chamadas neurônios, que podem desenvolver uma atividade lenta e generalizada ou podem ser unidades condutoras rápidas, de grande eficiência. A resposta específica do neurônio chama-se impulso nervoso (ver Neurofisiologia).
Os receptores encontram-se na pele e captam os diferentes estímulos, transformando-os em um sinal elétrico. Quando ativados, estes neurônios sensitivos mandam os impulsos até o sistema nervoso central e transmitem a informação para outros neurônios, chamados neurônios motores, cujos axônios estendem-se de novo para a periferia. Através destas últimas células, os impulsos se dirigem às terminações motoras dos músculos, excitando-os e provocando a contração e o movimento adequado.
Há grupos de fibras motoras que levam os impulsos nervosos aos órgãos que se encontram nas cavidades do corpo, como o estômago e os intestinos. Estas fibras constituem o sistema nervoso vegetativo.
Afecções do sistema nervoso
O sistema nervoso é suscetível a infecções provocadas por uma grande variedade de bactérias, vírus e outros microorganismos (meningite, poliomielite e encefalite).
Em certas afecções, como a neuralgia, a enxaqueca ou a epilepsia, pode não haver nenhuma evidência de dano orgânico. Outra doença, a paralisia cerebral, está associada a uma lesão cerebral.
Sistema Esquelético
A função mais importante do esqueleto é sustentar a totalidade do corpo e dar-lhe forma.
Torna possível a locomoção ao fornecer ao organismo material duro e consistente, que sustenta os tecidos brandos contra a força da gravidade e onde estão inseridos os músculos, que lhe permitem erguer-se do chão e mover-se sobre sua superfície.
O sistema ósseo também protege os órgãos internos (cérebro, pulmões, coração) dos traumatismos do exterior.
Osso: em todo osso longo, o corpo geralmente cilíndrico, recebe o nome de diáfise, e os extremos, recebem o nome de epífise.
A diáfise é oca e seu interior é ocupado pela medula amarela.
Também na epífise há um grande número de cavidades formadas pelo entrecruzamento dos delgados tabiques ósseos, os quais contém a medula vermelha, formadora de glóbulos sangüíneos.
O periósteo é uma membrana muito tenaz e extremamente vascularizada que envolve os ossos e permite que estes cresçam em espessura; esta membrana é de grande importância pois, por meio de seus vasos sangüíneos, chegam às células ósseas as substâncias nutritivas.
O ESQUELETO :
é composto por ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto humano é formado por 203 ou 204 ossos e se divide em cabeça, tronco e membros. Na face os ossos são: maxilares, zigomáticos, nasais, e a mandíbula, único osso móvel da cabeça que serve para a mastigação. Em continuação do crânio está a coluna vertebral que é formada pelas vértebras. As vértebras são uma série de anéis colocados sobretudo de maneira que o orifício central de cada uma corresponda com o do superior e o do inferior, de tal maneira que no centro da coluna vertebral existe uma espécie de conduto, pelo qual passa a medula espinal, órgão nervoso de fundamental importância. A articulação que se interpõe entre uma vértebra e a vértebra seguinte permite a mobilidade de toda a coluna vertebral, garantindo a esta a máxima resistência aos traumas. Entre uma vértebra e outra existem os discos cartilaginosos que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos de eventuais lições. As vértebras são 33 e não são todas iguais; as inferiores tem maior tamanho porque devem ser mais resistentes para realizar um trabalho maior. As primeiras 7 (sete) vértebras se denominam cervicais; a primeira se chama atlas e a segunda áxis. Em continuação das cervicais estão 12 vértebras dorsais que continuam através das costelas e se unem ao esterno, fechando a caixa torácica mediante as cartilagens costais, protegendo os órgãos contidos no tórax: coração, pulmões, brônquios, esôfago e grandes vasos. A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares. A estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que formam o osso sacro e, por último, as 4 ou 5 rudimentarias, quase sempre soldadas entre si, que tomam o nome de cóccix ou osso caudal. Os ossos dos membros superiores começam com o ombro formado pela cintura escapular, de forma triangular, plana, e pela clavícula situada em frente da anterior, que é longa e curvada. A articulação do ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em todas as direções; esta articulação junto com a do quadril é uma das mais importantes no corpo humano. O osso do braço é o úmero, longo e robusto; o antebraço é formado pelos ossos: rádio e Ulna (cúbito). O rádio termina no cotovelo com a articulação e o ulnam (cúbito) apresenta (em correspondência com o cotovelo) um saliente que não permite ao antebraço pregar-se quando está distendido em linha reta com o braço. Com os dois ossos do antebraço se articula na sua parte inferior a mão, que é formada por uma série de 13 ossos pequenos: 8 são chamados ossos do carpo, são os que formam o punho; 5 denominados metacarpos e que correspondem à superfície dorso-palmar da mão. Os dedos da mão, estão formados pela primeira, segunda e terceira falanges (o polegar tem só dois). Os membros inferiores estão unidos ao osso sacro por meio de um sistema de ossos que são denominados cintura pélvica ou pélvis, que é formada pela fusão de três ossos: íleo, ísquio e púbis. Com a pélvis se articula o fêmur, osso do quadril que é o mais longo e mais robusto de todo o corpo. Na sua parte inferior o fêmur se une à tíbia e ao Fíbula (perônio), que são os dois ossos da perna. Esta união tem lugar na articulação do joelho, do qual forma parte a Patela (rótula) e os meniscos (dois discos cartilaginosos cuja rotura é muito freqüente em alguns esportistas). Interpostos entre os côndilos femorais, a tíbia e o fíbula (perônio). Por último, aos ossos da perna se articulam com os do pé: o calcâneo, o astrágalo, os ossos metatarsos, os dos dedos que têm três falanges, exceto o primeiro que tem duas.
O esqueleto constitui o arcabouço do organismo e é formado pelos ossos. Além da função de sustento, tem aquela, também, importantíssima, de permitir ao homem de se mover. Os ossos constituem a parte passiva do aparelho locomotor: o seu movimento é devido à contração e ao relaxamento dos músculos que neles se inserem. Sobre a forma dos ossos têm influência a direção e a potência dos músculos.
Os ossos que formam o esqueleto do adulto são 203, excluindo os ossos considerados "supranumerários" (que existem na cabeça) e os ossos "sesamóides" (pequenos ossos acessórios que se acham na vizinhança das articulações, geralmente imersos em um tecido fibroso). Cada osso do nosso corpo apresenta uma forma característica que permite reconhecê-lo imediatamente, não obstante as variações que possam existir de um indivíduo para outro. A forma dos ossos não é casual mas devida a um complexo de razões. A primeira de tais razões é a forma do seu esboço devido a causas hereditárias; intervêm depois outras causas que influem sobre a forma de cada uma das suas porções: o modo pelo qual dois ossos se põem em relação determina uma mudança das duas superfícies de contacto, e os músculos e os tendões que neles se inserem produzem modificações na superfície de implantação. Além disso, as partes contíguas deixam sobre os ossos impressões, mesmo que sejam menos duras do que ele, como, por exemplo, uma artéria ou um nervo; mesmo o cérebro deixa uma impressão sobre os ossos que o encerram.
Lavagem das mãos
As mãos devem ser lavadas antes e após todo e qualquer procedimento. É a lavagem das mãos ocuidado que evita infecção cruzada, ou seja, a veiculação de microorganismos:
- de um paciente para o outro;
- de um paciente para o profissional;
- de utensílios permanentes para o profissional ou para o paciente ( camas, telefone, etc);
Podemos citas que a lavagem das mãos tem por finalidade:
- diminuir o número de microorganismos;
- eliminar sujidades, substâncias tóxicas e medicamentosas;
- evitar disseminação de doenças;
- proteger a saúde do profissional.
Técnica
Material:
- sabão de preferência líquido
- toalha de papel.
1- abrir a torneira;
2- molhar as mãos;
3- passar o sabão;
4- friccionar bem;
5- passar as mãos ensaboadas na torneira;
6- conservá-la aberta;
7- proceder assim:
- palma com palma;
- palma no dorso (incluso entre os dedos);
- dorso na palma (incluso entre os dedos);
- ponta dos dedos em concha e vice-versa;
- polegares;
- costas das mãos;
- unhas;
8- enxaguar;
9- com as mãos em concha, jogar água na torneira;
10- pegar o papel toalha;
11- secar as mãos;
12- com o papel, secar a torneira e fechá-la.
Definição: é o tratamento de uma lesão aberta.
Finalidades:
- isolar o ferimento do exterior, impedindo a contaminação
- proteger contra traumatismo externos, amortecendo os choques
- absorver as secreções
- facilitar a cicatrização
Material necessário:
Bandeja contendo:
- pacote de curativo (2 pinças dente de rato e 1 kocher)
- cuba rim
- frasco com soro fisiológico
- frasco com povidine tópico
- atadura de crepe se necessário
- pomada se prescrito
- luva
- esparadrapo ou micropore
- gaze
Técnica
1- limpar e prepara a bandeja com álcool 70%
2- lavar as mãos
3- levar o material para junto do paciente
4- abrir o pacote sobre a mesa de cabeceira, dispor o material com técnica de forma a não cruzar o campo estéril
5- colocar as gazes no campo, abrindo o pacote de gaze com técnica
6- desprender o esparadrapo, limpando todas as marcas da pele
7- descobrir o local do curativo
8- retirar o curativo sujo existente, colocar na cuba rim
9- proceder a limpeza do ferimento, com a pinça montada com gaze embebido em solução prescrita. Seguir os princípios do menos contaminado para o mais contaminado.
10- observar as condições da lesão
11- aplicar a solução prescrita, em caso de pomada usar sobre a gaze distribuindo com uma espátula
12- cobrir o local com gaze
13- fixar o curativo com tiras de esparadrapo ou micropore
14- desprezar o material contaminado
15- deixar o paciente confortável
16- cuidar do material usado
17- lavar as mãos
18- anotar no prontuário do paciente, hora, local do ferimento, solução e medicamento usado, aspecto e grau de cicatrização.
Ferimento limpo: limpa-se de dentro para fora
Ferimento sujo: limpa-se de fora para dentro
Limpeza de unidade
1. Limpeza diária ou concorrente
Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária de todas as áreas do hospital, com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de materiais de consumo como: sabão líquido, papel toalha, papel higiênico, saco para lixo. Inclui:
→Limpeza de piso, remoção de poeira do mobiliário e peitoril, limpeza completa do sanitário;
→Limpeza de todo o mobiliário da unidade (bancadas, mesa, cadeira), realizada pela equipe da unidade (ou pela equipe da higienização, quando devidamente orientada).
Obs.:
• A limpeza das superfícies horizontais deve ser repetida durante o dia, pois há acúmulo de partículas existentes no ar ou pela movimentação de pessoas;
• A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita no período da manhã, durante a higiene do paciente.
Técnica:
Inicia-se do local mais limpo para o local mais sujo, ou do local menos contaminado de acordo com o “provável nível de sujidade ou contaminação”.
1º. Mobiliários;
2º. Parede;
3º. Piso.
Materiais: Baldes, panos e solução apropriada.
• Embeber o pano em solução apropriada;
• Esfregar a área a ser limpa sempre no mesmo sentido, do mais limpo ao mais sujo;
• Molhar o outro pano em água limpa (2º balde) e enxaguar;
• Molhar com o 3º pano no álcool e aplicar na superfície, deixar secar;
• Friccionar com o 4º pano por 15 segundos em cada ponto;
• Limpar e guardar o material.
2. Limpeza ou desinfecção terminal
Entende-se por limpeza terminal a higienização completa das áreas do hospital e, às vezes, a desinfecção para a diminuição da sujidade e redução da população microbiana. É realizada de acordo com uma rotina pré-estabelecida, habitualmente, uma vez por semana ou quando necessário.
Além da limpeza da unidade outros mobiliários e equipamentos, que têm contato direto com o paciente, também devem ser limpos sempre que utilizados
(cadeira de rodas, maca e outros).
Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário e material que compõem a unidade do paciente no hospital. É feita após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente.
Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção.
Seguir os princípios:
• Do mais limpo para o mais sujo;
• Da esquerda para direita;
• De cima para baixo;
• Do distal para o proximal.
Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para enxaguar, deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez.
Técnica:
Materiais: bandeja, 2 baldes com água e recipiente com pedaço de sabão
(para limpeza da unidade), 1 balde com solução desinfetante padronizada no hospital (para desinfecção da unidade), cuba-rim para lixo, papel toalha, luva de procedimentos.
• Retirar a roupa, separando a leve da pesada, manuseando-a com cuidado, fazer um pacote e colocá-lo sobre a bandeja. Levar a roupa ao expurgo;
• Se houver comadre, papagaio, bacia e cuba-rim no quarto, enxaguar no banheiro e levar para o expurgo, lavá-las com água e sabão, secar e passar álcool 70%;
• Colocar a luva de procedimentos;
• Limpar a mesa de refeição;
• Limpar suporte de soro;
• Limpar a mesa de cabeceira, iniciar pela área externa (parte superior, laterais, atrás e frente), parte interna da gaveta (iniciando pelo fundo, laterais, chão e frente) e parte externa da gaveta (limpar apenas laterais). Parte interna da porta.
Parte interna da mesinha (iniciar pelo teto, fundo, laterais, prateleira do meio e parte inferior). Manter a porta fechada;
• Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a mesa de cabeceira, e proceder à limpeza do outro lado;
• Abrir o impermeável sobre o colchão e limpar a parte exposta, dobrar e limpar a outra parte exposta, colocando-a sobre o travesseiro;
• Limpar a face superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira para os pés;
• Colocar o colchão sobre a guarda aos pés da cama, expondo a metade inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão;
• Lavar cabeceira, grades e a parte exposta do estrado;
• Dobrar o colchão dos pés da cama para a cabeceira, limpando a parte inferior do estrado aos pés da cama e a metade posterior do colchão;
• Acionar a manivela para limpar a parte posterior do estrado nos pés da cama;
• Abaixar o estrado e colocar o colchão no lugar, na posição horizontal;
• Limpar os quatro pés da cama;
• Colocar sobre o colchão o impermeável e o travesseiro;
• Proceder a limpeza da cadeira, e a escadinha;
• Recolher o material utilizado e lavá-lo, retirar as luvas e lavar as mãos.
3. Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares
Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas para realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.
Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do paciente, disseminando a infecção hospitalar.
As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de contato e do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e esterilizações.
As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a classificação feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares são classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco de infecção do uso destes itens.
Os artigos críticos são aqueles destinados a penetração, através de pele e mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de colonização. Exemplo: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros.
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas integras ou pele lesada. Exemplo: circuitos de terapia respiratória, endoscópios, tubos endotraqueais.
Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material usado para higienização, termômetro, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, comadre, papagaio, entre outros.
Para os artigos não-críticos basta a limpeza com procedimento mínimo. Por limpeza entende-se a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando água, detergente e ação mecânica. Utilizando água morna e detergente enzimático potencializa-se a efetividade da limpeza.
Para os artigos semicríticos, além da limpeza, há a necessidade de complementar com a termodesinfecção ou desinfecção química de nível intermediário, no mínimo. A termodesinfecção faz-se por meio das lavadoras termodesinfectoras, que possuem programas que operam em temperaturas variadas como as de 70°C, 85°C, 92°C, 95°C, respectivamente, a um tempo de exposição decrescente. A desinfecção química pode ser feita imergindo o material em soluções à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30 minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 10 minutos, atentando-se para indicações e contra-indicações para cada material.
Estas duas soluções garantem a desinfecção de alto nível, ou seja, além de virucida, bactericida, fungicida e micobactericida, é também parcialmente esporocida. Já outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% e fenol sintético, são desinfetantes químicos sem ação esporocida, porém adequados para processar os artigos semicríticos, por serem desinfetantes de nível intermediário (virucida, bactericida, fungicida e micobactericida).
Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é seguro, rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado.
Se o artigo for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa automatizada, por meio de óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou vapor à baixa temperatura com o gás formaldeído.
Mecânica Corporal
A boa mecânica corporal começa com a postura adequada. Existem sete posições BÁSICAS para o paciente acamado.
1- decúbito dorsal horizontal;
2- decúbito ventral;
3- decúbito lateral direito;
4- decúbito lateral esquerdo;
5- semi decúbito de fowler;
6- posição de sims;
7- posição sentado.
Outras posições:
- ginecológica;
- litotomia;
- genu- peitoral;
- trendelemburg;
- ereta.
Sinais Vitais
Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso, respiração e a pressão arterial. Existem equipamentos próprios para a verificação de cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e sempre que possível não comentá-lo com o paciente.
Temperatura
A temperatura é a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos.
- Valores da temperatura:
É considerado normal 36ºC a 37ºC
Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC
Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC
Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC
Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC
Pulso e Respiração
O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório.
Pulso
O pulso radial é habitualmente o mais verificado.
Média normal do pulso:
Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)
Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm
Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm
Puberdade: - 80 a 85 bpm
Homem: - 60 a 70 bpm
Mulher: - 65 a 80 bpm
Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm
Respiração
A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de carbono.
Valores normais:
Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)
Mulher: - 18 a 20 mpm
Criança: - 20 a 25 mpm
Lactentes: - 30 a 40 mpm
Pressão Arterial
É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.
- Valores normais para um adulto:
Pressão sistólica: 140x90mmHg
Pressão diastólica: 90x60mmHg
Sondagem Nasogástrica
Definição:
A Sonda Nasogástrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago. Sua finalidade está associada à maneira com ficará instalada no paciente
Objetivo da Sonda Nasogástrica:
A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo. Pode ser aberta ou fechada.
Sonda Nasogástrica Aberta:
Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico, a saber:
- esverdeado: Bile
- borra de café: bile + sangue
- sanguinolenta vivo
- sanguinolento escuro
- amarelado
Podemos exemplificar cirurgias onde no pós operatório se deseja o repouso do sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido precisa ser removido rapidamente.
Sonda Nasogástrica Fechada
Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo de digestão. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico.
Material:
Bandeja contendo:
- Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 18 (adulto)
- esparadrapo
- xilocaína gel
- gaze
- par de luvas
- seringa de 20cc
-estetoscópio
- copo com água
- toalha de rosto de uso pessoal
Caso a Sonda Nasogástrica seja aberta adicione:
-extensão
- saco coletor.
Técnica:
- explicar a procedimento ao paciente;
- colocá-lo em posição de Fowler;
- colocar a toalha sob o pescoço;
- calçar as luvas;
- abrir a sonda;
- medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide. (FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM/ATKINSON).
- marcar o local com o esparadrapo;
- passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm;
- introduzir a sonda s por uma das narinas;
- flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar movimentos de deglutição;
- introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;
- fazer os 3 testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao invés de estar no estômago, está no pulmão; pegar a ponta da sonda, encaixar a seringa e aspirar se vier líquido, a sonda está no lugar certo; pegar o estetoscópio e auscultar.