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SISTEMA SANGUINEO

 

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascularsanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na Medula ósseavermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigênio e gás carbônico[1]. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plaquetas (fatores de coagulação sanguínea).

Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue nos anfíbios, nos répteis, nas aves e nos mamíferos (incluindo o ser humano)[1].

 

Hemácia

→ função: realizar a respiração celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina[1].
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.

LEOCOCITOS

→ os leucócitos formam verdadeiros exércitos contra os microorganismos causadores de doenças e qualquer partícula estranha que penetre no organismo: vírus, bactérias, parasitas ou proteínas diferentes das do corpo. Eles também "limpam" o corpo destruindo células mortas e restos de tecidos. → função: imunológica ou de defesa do organismo[1].
→ São classificados em neutrófilosmonócitosbasófiloseosinófiloslinfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)

Plaquetas

→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas megacariócitos.
→ função: realizar a coagulação sanguínea[1].

Plasma

→ função: transporte de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia); hormônas (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no metabolismo[1].
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias

Doação e Transfusão de Sangue

Membro da Marinha Norte Americana doando sangue

doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde.

transfusão sanguínea é realizada para repor a perda do fluido corpóreodevido a alguma doença ou trauma grave que venha a trazer perda substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.

Estimativas apontam que somente no Brasil, sejam consumidas diariamente mais de 5 mil bolsas de sangue que são, em sua maioria, aplicadas em centros hospitalares a pacientes enfermidade e/ouacidentados.

Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.

Doar sangue é um procedimento simples, rápido, sigiloso, seguro e relativamente indolor. Para o doador em geral não há riscos, porém algumas complicações podem eventualmente aparecer:

  • Queda de pressão arterial e tontura
  • Hematoma no local da picada
  • Náusea e vômito
  • Dor local e dificuldade para movimentação do braço
  • Desmaios

Saúde e doença

Diagnóstico

exame de sangue e de pressão sanguínea estão entre os mais comumente métodos de diagnóstico investigativo que envolve o sangue.

Patologia

Problemas com a circulação sanguínea desempenham um papel importante em diversas doenças, por exemplo.

O sangue é um importante fator de infecção para diversos patógenos, como.

Tratamento

transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no receptor, são feitos exames de compatibilidade.

Outros produtos do sangue administrados intravenosamente são as plaquetas, plasma sanguíneo e concentrados de fator de coagulação específicos.

Muitas formas de medicação (dos antibióticos à quimioterapia) são administradas intravenosamente, já que elas não podem ser prontamente ou adequadamente absorvidas pelo trato digestivo.

Como dito acima, algumas doenças ainda são tratadas com a remoção de sangue da circulação.

Consequências da inalação de monóxido de carbono em excesso

Ao chegar ao baço e também ao fígado, as hemácias "velhas" são eliminadas e o organismo cria novas hemácias, assim ficando livre do que já não serve mais. O baço seria como a lixeira do sangue, onde as hemácias já envelhecidas e sem uso são descartadas do organismo.

As hemácias se desprendem facilmente das moléculas de oxigênio quando este chega aos pulmões. Só que, quando há a introdução de Monóxido de carbono no organismo, as hemácias se unem às moléculas desse gás tóxico que é inalado todos os dias por nós.

Aquando ligadas às moléculas de monóxido de carbono, as hemácias se unem a elas permanentemente, e não conseguem mais se desprender (a ponte molecular é muito forte), ficando impossibilitadas de servirem ao transporte do oxigênio. O oxigênio então fica solto no sangue e não consegue atingir as células que necessitam de sua energia para continuarem vivas. O monóxido de carbono, estando em excesso como está atualmente na atmosfera, é inalado, sendo um grande "capturador" de hemácias, faz com que o transporte de oxigênio no corpo fica prejudicado à nível celular em todo o corpo do indivíduo.

As hemácias presas ao monóxido de carbono tornam-se inúteis no organismo, e são transportadas para o baço e ao fígado, para serem eliminadas, pois o organismo passou a "entendê-las" como inimigas. Por serem em número maior do que poderiam ser eliminadas normalmente, esse excesso de hemácias mortas causa uma sobrecarga no baço e no fígado, provocando seu mal-funcionamento, pois que eles não conseguem eliminar esse número tão elevado de hemácias diariamente. E elas se acumulam, enquanto o fluxo de oxigênio no sangue é prejudicado pela escassez de hemácias "boas", livres do monóxido, ou mesmo hemácias novas, que não são produzidas com a rapidez e qualidade que o organismo exposto à alta concentração de monóxido de carbono necessita.

O excesso de "morte" de hemácias e a incapacidade de produção de um número tão grande para reposição de hemácias no corpo provocam uma forma de anemia crônica.

Efeitos nos demais órgãos do corpo humano

Ainda concomitante à escassez de oxigênio no corpo pelo fracasso no transporte para as células, e a sobrecarga no baço e no fígado pelas hemácias+CO eliminadas pelo órgão, o corpo sofre. Os rins têm que trabalhar excessivamente para garantir maior pureza no sangue e em todo o sistema; os pulmões se tornam sobrecarregados pelo trabalho excessivo do coração que tem que bater mais e mais rápido, para garantir um fluxo melhor de oxigênio e também para dominar a anemia.

coração se torna maior com o excesso de trabalho, trazendo líquidos aos pulmões, que se tornam carregados, provocando má respiração, bronquites e prejudicando ainda mais a ventilação do organismo, com outros distúrbios também como gástricos e intestinais.

E, ao final, o cérebro, com pouca carga de oxigênio, fica falho e ocorrem problemas mais sérios, como falta de memória, distúrbios de sono, nervosismo, ansiedade - a chamada síndrome do pânico; e, ao final, o organismo pode se ver inteiramente colapsado.

Síndrome da imunodeficiência adquirida


Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente emPortugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana(HIV).[1][2][3] Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas etumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membranamucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sanguesêmensecreção vaginalfluido preseminal e leite materno.[4][5] Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal,vaginal ou oraltransfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez,partoamamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima.

A aids hoje é considerada uma pandemia.[6] Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças.[7] Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.[7]

A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX.[8][9] A aids foi reconhecida pela primeira vez pelos Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.[10]

Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países.[11] Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.

Isquemia (do grego ισχαιμία, isch- restrição, hema ou haema de sangue) é a falta de suprimento sanguíneo para umtecido orgânico devido a obstrução causada por um trombo, seja ele formado por placas gordurosas ou por coágulos sanguíneos. Como o sangue, através das hemácias (glóbulos vermelhos), leva o oxigênio às células, a isquemia dá origem à hipóxia. Como exemplo: a isquemia de uma parte do coração (músculo cardíaco denominado "miocárdio") leva ao enfarte,devido a obstrução do fluxo sanguíneo por um trombo gerando infarto agudo do miocárdio (conhecido popularmente como infarte do coração, ou IAM); e a isquemia de uma parte do cérebro leva ao acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como "trombose" (embora nem sempre seja causada por trombos, pode ser também por estenose (estreitamento e/ou bloqueio de uma artéria) e assim por diante.

Um dos fatores que podem levar a uma isquemia é a arteriosclerose causada pela combinação de hiperlipidemia ehipertensão, nos pacientes que sofrem de diabetes mellitus. Essa isquemia pode originar muitos danos ao corpo, tais como:

  • .Disfunção erétil
  • Torpor de extremidades (perda parcial ou total da sensibilidade nos pés ou nas mãos).
  • Retinopatia diabética.
  • Acidentes vasculares.

A arteriosclerose é, ao lado do câncer, um dos maiores causadores de óbito nos países desenvolvidos, atingindo principalmente os idosos.

Se a isquemia chega a eliminar completamente o fornecimento de sangue ao tecido muscular cardíaco, ocorrem:

Isto leva a uma ausência de contracção muscular cardíaca, que por sua vez leva a uma necrose (morte) celular dos tecidos isquémicos, obrigando à amputação de membros.

Se a eliminação do fornecimento de sangue ao coração for gradual, ocorre:

  • Diminuição da concentração de oxigénio
  • Dependência do metabolismo anaeróbio
  • Pouca B-oxidação dos ácidos graxos
  • Disfunção contráctil

Ao restabelecer-se a corrente sanguínea, verifica-se um aumento da B-oxidação dos ácidos gordos (também chamados ácidos graxos) e uma diminuição da actividade da PDH (pois a principal fonte de energia volta a ser os ácidos gordos e não o piruvato/lactato)

Durante vários períodos da medicina, a isquemia foi estudada não como um fator mas sim como uma doença. Wilmmore & Costill (1941) desenvolveram o método Boll-Scher de estudo e constataram que ela era somente o fator desencadeante de diversas outras condições clínicas.

Hemofilia - é o nome de diversas doenças genéticas hereditárias que incapacitam o corpo de controlar sangramentos, uma incapacidade conhecida tecnicamente como diátese hemorrágica.

Deficiências genéticas e um distúrbio autoimune raro podem causar a diminuição da atividade dos fatores de coagulação do plasma sanguíneo, de modo que comprometem a coagulação sanguínea; logo, quando umvaso sanguíneo é danificado, um coágulo não se forma e o vaso continua a sangrar por um período excessivo de tempo. O sangramento pode ser externo, se a pele é danificada por um corte ou abrasão, ou pode ser interno, em músculosarticulações ou órgãos.

É a falta dos fatores de coagulação - a hemofilia A tem falta do fator de coagulação VIII, a hemofilia B tem falta do fator de coagulação IX e ahemofilia C tem falta do fator de coagulação XI. A hemofilia A é a mais comum, ocorrendo em 90% dos casos.

Leucemia

O termo leucemia (do grego leukos λευκός, "branco"; aima αίμα, "sangue") corresponde a um conjunto de neoplasias malignas (cancro/câncer) que atingem o sangue e possuem origem na medula óssea.

Podemos classificá-las em:

  • Leucemias Agudas — aquelas de início e evolução rápidos
  • Leucemias Crônicas — aquelas em que a instalação é insidiosa

Podemos, ainda, classificá-las segundo a linhagem celular comprometida:

  • Leucemias Linfóides — comprometimento da linhagem linfóide
  • Leucemias Mielóides — comprometimento da linhagem mielóide

A sua causa (etiologia) precisa é desconhecida. Sabe-se que, a depender do subtipo, estão envolvidas alterações gênicas ecromossômicas específicas.

Tem como característica a proliferação anormal de células na medula óssea — onde origina-se o sangue — o que pode acabar por suprimir a produção de células normais.

Hepatite B

A hepatite B é uma doença infecciosa frequentemente crónica causada pelo vírus da Hepatite B (HBV). É transmitida sexualmente ou por agulhas com sangue infectado e pode progredir para cirrose hepática ou cancro do fígado (hepatocarcinoma). O vírus da hepatite D (HDV) só ataca células já infectadas pelo HBV piorando assim o prognóstico dos doentes com hepatite B crônica

Hepatite C

hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV). A hepatite C exige cuidados, devido à inexistência de vacina e limitações do tratamento, e à sua alta tendência para a cronicidade que complica eventualmente em cirrose hepática.

Sífilis

A sífilis, também conhecida por lues ou, através do nome de sua lesão inicial, cancro duro, é uma doença infecciosa e sexualmente transmissível causada por uma bactéria espiroqueta chamadaTreponema pallidum.

As principais formas de transmissão são o contato sexual e a transmissão vertical para o feto durante a gravidez de uma mulher contaminada. Neste último caso, o feto sofre de sífilis congênita, que tem sinais e sintomas diferentes da sífilis clássica, por afetar o ser humano durante a sua fase de crescimento.

A sífilis evolui lentamente em estágios, conhecidos como: sífilis primária, secundária, latente e terciária. Na fase primária ocorre a lesão inicial, o cancro duro, uma úlcera única e indolor, que regride espontaneamente. Na fase secundária ocorrem manifestações em pele e mucosas, geralmente acometendo mãos e pés. Após a fase secundária ocorre a fase latente, sem sinais ou sintomas. Na fase terciária as manifestações geralmente são sistêmicas: cutâneo-mucosas, neurológicas, cardiovasculares e articulares.

O diagnóstico geralmente é feito através de exames de sangue, porém a bactéria também pode ser observada através de observação no microscópio. A sífilis também é diagnosticada em grávidas assintomáticas durante a realização do pré-natal.

O tratamento é realizado com antibióticos, geralmente a penicilina G benzatina intramuscular. O número de doses necessárias para o tratamento varia de acordo com a fase da sífilis do paciente.

A doença pode ser prevenida através do uso de preservativos nas relações sexuais e, no caso da sífilis congênita, realização do rastreamento para sífilis no pré-natal de mulheres grávidas.

Doença de Chagas

A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada peloprotozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi[1], e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, (da família dos Reduvídeos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros TriatomaRhodnius ePanstrongylusTrypanosoma cruzi é um membro do mesmo gênero do agente infeccioso africano da doença do sono e da mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose, mas as suas manifestações clínicas, distribuição geográfica, ciclo de vida e de insetos vetores são bastante diferentes.

Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso dainfecção. Nos primeiros anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente lentos, pouco mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até cinquenta anos, os sintomastornam-se crônicos e graves, tais como insuficiência cardíaca e desordens do sistema digestivo. Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Os tratamentos medicamentosos atuais para esta doença são pouco satisfatórios. Os medicamentos tem efeitos colaterais significativos e são, muitas vezes, ineficazes, em especial na fase crônica da doença. Pacientes em estado grave são muitas vezes encaminhados ao transplante cardíaco, porém não há cura para a doença.

 

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